quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Articulação Temporomandibular(ATM)

     A articulação temporomadibular é a articulação da mandíbula com o crânio, especificamente o processo côndilar da mandíbula com o osso tempora.
     A simetria ditada pela ATM tem que ser constante. Unida com as articulações da coluna cervical e cintura escapular, a ATM transforma-se em um perceptível péndulo, consequentemente sua distonia provocará distúrbios posturais diretos na coluna cervical e na cintura escapular, promovendo assim, alterações posturais que podem acometer a coluna lombar e os membros inferiores. Não existe sequer exatas confirmações científicas de que a disfunção da ATM pode levar a tal disfunção postural de lombar para baixo, mas muitos estudos na área da saúde demostraram alguns pacientes com tais alterações posturais e possuiam uma disfunção temporomandibular.
     A ATM é uma articulação sinovial completa, ou seja, apresenta um espaço entre os ossos, o espaço sinovial, é preenchido por um líquido lubrificante especial, o líquido sinovial. É classificada como bicondilomeniscartrodia conjungada ou biginglimoartrodial composta. São duas as superfícies ósseas envolvidas: no lado temporal, a superfície articular é a fossa mandibular, depressão côncava na porção escamosa do osso temporal, e a do lado mandibular, a articulação se dá pelo côndilo da mandíbula.
     Cada uma das superfícies ósseas é recoberta por uma cartilagem, a cartilagem articular.
     Entre estas duas cartilagens, existe um fino disco ovalado, chamado de disco articular ou discus artcularis ou fibrocartilagem interarticular. Tem como função melhorar a coaptação entre o processo côndilar e a fossa mandibular e ainda absorve impacto.
     Toda a articulação é envolvida por uma estrutura fibrosa, chamada de cápsula articular, que se classifica morfologicamente como tecido conjuntivo fibroso. Além dela, existem ainda três ligamentos mantendo a articulação: o ligamento esfenomandibular, o ligamento temporomandibular e o ligamento estilomandibular.
     Morfologicamente os ligamentos se classificam como tecido conjuntivo denso modelado, a mesma classificação morfológica dos tendões, mas estes, ligam músculos há osso e os ligamentos, ossos com ossos, dando suporte e fixação que só a cápsula articular não bastaria, deixando o membro com a impressão de frouxidão ou solto no espaço.
     As possíveis movimentações da mandíbula são bastante complexas: depressão da mandíbula, elevação da mandíbula, protusão da mandíbula, retrusão de mandíbula e lateralização de mandíbula.
     Destes movimentos básicos derivam os vários tipos de movimentos relacionados: a fala e mastigação.
     Músculos envolvidos:
Depressão de mandíbula: Digátrico, Milohioídeo, Genihioídeo e Pterigoídeo Lateral.
Elevação da mandibular: Masseter, Pterigídeo Lateral e Porção anterior do Temporal.
Movimentação anterior da mandíbula: Pterigoídeos laterais, fibras superficiais do Masseter e fibras anteriores do Temporal.
Movimentação posterior de mandíbula: fibras profundas do Masseter e fibras posteriores do Temporal.
Lateralização da mandíbula: Ação do Pterigoídeo lateral oposto ao lado lateralizado, juntamente com as fibras inferiores do Pterigoídeo do lado oposto.
     As articulações temporomandibulares com frequência apresentam defeitos em sue funcionamento normal, gerando a condição conhecida como disfunção temporomandibular. Tal situação é vista pela Odontologia e na Fisioterapia.
     Estas articulações também são frequentemente atingidas nos traumatismos de face, como os que ocorrem nos acidente automobilísticos, sendo nestes casos manejadas pela Traumatologia.

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